03 março 2018

Pierre Boulez Saal


Acabei de reparar que a Pierre Boulez Saal faz amanhã um ano, e ainda não a conheço.
Como é que um ano passou tão depressa?!

Esta é a nova sala de música de câmara de Berlim, com projecto de Frank Gehry e trabalho de acústica de Yasuhisa Toyota, num antigo armazém da Ópera de Unter den Linden. Com os trabalhos de restauro e modernização da Ópera, o armazém ficou devoluto, e Barenboim aproveitou-o para instalar a sua Barenboim-Said Akademie e criar um espaço moderno de música de câmara. A sala é modulável para permitir mudar o tamanho do palco ou criar encenações inovadoras, tem forma elíptica, com o palco no centro, e uma galeria que parece pairar sobre a plateia. Se a arquitectura da Filarmonia de Paris me impressionou especialmente por essa sensação de blocos suspensos no ar, mais um motivo tenho para ir conhecer este projecto de arquitectura. 



Pela newsletter vou sabendo o que acontece: iniciativas muito variadas, desde Rattle e Kožená até uma sessão gratuita de poesia síria, para o público berlinense se familiarizar com a música daquela língua. E, claro, Barenboim - como maestro e como pianista -, já que esta é a sua sala.

Mas há sempre algum motivo de força maior (e por vezes também a inércia, que é a maior das forças) que me vai fazendo adiar a estreia. Em suma: dá Deus as nozes, etc.
Em minha defesa aqui declaro que Deus exagera na quantidade de nozes que me dá! Se trocasse algumas das nozes por dias de 48 horas, isso é que era.
(Rica e mal-agradecida, eu sei...) (melhor seria terminar este post rapidamente, antes de me desgraçar de vez)

Neste site há um vídeo no qual Frank Gehry fala deste seu projecto, do trabalho com Barenboim e da reacção de Pierre Boulez ao saber da sala que ia ter o seu nome. E neste site há um pequeno filme sobre o que foi este primeiro ano da sala.



Sem comentários: